Dojô virtual da Academia Reflexo de Karatê-do.
Rua Waldemar Falcão, 449 - Horto Florestal
Telefone: (71) 9 9701-4135
Páginas
▼
sábado, 25 de setembro de 2010
Sensei Enobaldo prepara equipe para mundial de Karatê na Tailândia
O Sensei Enobaldo Ataíde integra a equipe Brasileira de Karatê como técnico e se prepara para o mundial, que será em 2011, na Tailândia. O professor, que é coordenador de educação física do IFBA, no campus de Salvador, participou do Sulamericano de Karatê, nos dias 18 e 19 de setembro, em Belém do Pará, quando o Brasil foi o primeiro país da América Latina a se classificar para o mundial.
“Nossa equipe foi campeã sulamericana tanto no masculino como no feminino. A seleção brasileira levou 4 mulheres e 7 homens”, explica o professor que também é o único árbitro brasileiro representante da JKA (Japan Karatê Association), a liga que prepara eventos internacionais de karatê.
Sobre ter assumido a comissão técnica da seleção brasileira Ataíde diz, “é uma grande responsabilidade. Fico feliz de ter a confiança das pessoas, no meu dinamismo, no meu trabalho. Fico feliz porque o IFBA serve de centro de treinamento para a seleção baiana. A escola vem dando espaço para treinos e não dá para separar a questão técnica da educacional. Meu objetivo não é só formar atletas, mas sim o cidadão.”, conclui.
Fonte:
http://www.portal.ifba.edu.br/noticias/professor-do-ifba-prepara-equipe-para-mundial-de-karate.html
domingo, 19 de setembro de 2010
Onna-Musha - A mulher samurai !!!!!!
A palavra samurai, vem do verbo "saburau" (em japonês) refere-se aos membros da nobreza militar, que dividia o poder no período feudal, e também é chamado Buke. Sabe-se que as esposas dos chefes militares defenderam ferozmente suas famílias contra o inimigo, quando os cavalheiros tinham deixado o campo, estas eram chamadas de Onna-Musha, mulher guerreira.
O papel das esposas de samurais se limitava a de educadoras; elas garantiam a assimilação e respeito que os filhos deveriam ter para com o Código Samurai (Bushidô - conjunto de regras não escritas, cujos valores são lealdade, coragem, verdade e honra) considerados mais preciosos do que a própria vida. Como seus maridos se encontravam ausentes por longos períodos, as mulheres controlavam a vida nacional, das finanças ao pessoal. Mas, estavam longe de serem desarmadas, se como eles eram treinadas em artes marciais para superar a escassez de lutadores do sexo masculino e, sobretudo, ser capaz de repelir um ataque direto contra si ou seus filhos.
Onna-bugeishas, como são chamadas, são as mulheres de família treinadas desde a tenra idade para lidar com armas escondidas (kakushi), o naginata (alabarda de lâmina tipo de curva), o Kaiken (espada curta) e tanto (punhal ligeiramente curvada). Elas carregam as lâminas em suas obi (ou mangas de quimono), enquanto a naginata era suspensa próximo à entrada da casa. As mulheres também aprendiam a furar a garganta de um atacante usando Kanzashi (lanças e broches adornando seus cabelos). O Kaiken(o último bastão de defesa pessoal), era também a arma de jigai (rito de suicídio feminino), pois a esposa de um Buke ( Samurai ) deveria defender sua honra mais que a vida.
O heroísmo não é uma qualidade exclusiva do homem na cultura da civilização humana, temos inúmeros exemplos disto como Joanna D’arc, Maria Quitéria, Budica, Anita Garibaldi, Tânia ( a Rainha dos Tártaros ), Solambou ( a Rainha de Cartago ), Teodora, entre muitas outras; e na cultura japonesa não poderia ser diferente. As lendas e até mesmo a história do Japão, revelaram muitas heroínas; pode-se duvidar da veracidade dos fatos na íntegra, mas não se pode duvidar do seu heroísmo e de seu simbolismo. Um grande exemplo é a mulher de Yamato Takeru, que portou-se como uma heroína ao lado de seu marido; ela se chamava Ototachibana, acompanhou o marido na maior parte das expedições e, finalmente, entregou-se à mercê dos deuses do mar a fim de parar a tempestade que ameaçava o navio dele. Sete dias mais tarde, encontrou-se o pente de Ototachibana na praia. Yamato Takeru mandou que se fizesse um túmulo para o pente. No regresso para a região ocidental de Honshu, lamentou-se dizendo: "Adzuma wa ya", que significa "Que pena, minha esposa". Assim a região oriental de Honshu ficou conhecida pelo nome de Adzuma.
A filha de Kiyomon, a mãe do imperador-menino Antoku, também preferiu, durante a batalha de Dannoura ( a batalha final que deu ao clã Minamoto o primeiro shogunato no japão ), atirar-se ao mar com o filho nos braços do que deixá-lo cair nas mãos dos Minamotos.
Outra heroína, Kesa Gozen, viveu durante o século XII, era nova, bonita e casada; vivia na casa da mãe com o marido. Numa ocasião o primo de Kesa Gozen, com pouco menos de vinte anos, apaixonou-se violentamente por ela; Kesa Gozen repeliu as tentativas do rapaz e continuou fiel ao marido, cujos deveres o levaram frequentemente a ausentar-se de casa. O jovem ainda tentou ganhar os favores de Kesa Gozen através da mãe dela, ameaçando a vida da velha senhora. Kesa Gozen temia tanto pela segurança da mãe que se decidiu a prometer ao primo que dormiria com ele, mas só se o marido morresse nas mãos do rapaz. Na noite em que se supunha que ele regressava, Kesa Gozen deitou-se no lugar do marido. O rapaz esgueirou-se para dentro do quarto, mas a mulher não se mexeu. Sabia exatamente o que a esperava; o primo apunhalou-a e pela sua morte, ela salvou a mãe, o marido e a própria honra. O jovem primo ficou tão horrorizado com o que tinha feito que desistiu de todos os prazeres humanos e entrou para um mosteiro; o primo de Kesa Goken era conhecido como Mongaku Shonin.
No Japão feudal do 12º século, a sociedade samurai estava em seu apogeu. Como foi dito antes; embora a casta de samurais fosse dominada por homens, foram treinadas algumas mulheres dos clãs em artes marciais, especialmente no uso da "naginata". Tomoe Gozen era a esposa de Minamoto Yoshinaka, um samurai em guerra com Minamoto Yoshitsune.
Tomoe era especialmente linda, com pele branca, cabelo longo, e características encantadoras. Ela era uma arqueira notavelmente forte e precisa, como uma espadachim ela era uma guerreira de valor inigualável, pronta a confrontar qualquer um, montada ou a pé; Ela controlava cavalos selvagens com habilidade soberba .
Sempre que uma batalha era iminente, Yoshinaka enviava essa valorosa guerreira, como o primeiro capitão de seu exército, equipada com armadura forte, uma espada enorme, e um arco poderoso; e ela executou mais ações de valor que quaisquer dos outros guerreiros de Yoshinaka . Ao lutar no Rio Uji, ela o apoiou na derradeira batalha; quando era óbvio que eles seriam derrotados, Yoshinaka e seus poucos guerreiros restantes , fizeram um ataque desesperado contra os samurais de Yoshitsune. Tomoe Gozen teimou em permanecer para enfrentar a derrota com seu marido, gritava a plenos pulmões, "eu quero lutar a última batalha gloriosa a seu lado mesmo a custa de minha vida."
Os registros de Heike Monogatori dizem que, mesmo ela diante de um exército poderoso, se arremessou em como um raio, lutando como um furacão, ela enfrentava praticamente sozinha o exército inimigo. Ela falou para o marido que atrasaria o inimigo tempo suficiente para que ele viesse a realizar o seppuku, ritual de suicídio na derrota; mas ele foi golpeado por uma flexa antes de conseguir se matar. O destino de Tomoe Gozen depois que a batalha não é conhecida, mas é provável que ela tenha se escondido em um convento budista , até o fim de seus dias.
As fontes são mais confiáveis no que dizem respeito ao século 19. Sabemos, por exemplo, que na época na região de Aizu (província de Fukushima), muita atenção é dada à educação militar das meninas. Assim, durante a guerra civil Boshin (1868-1869), as mulheres que participaram na batalha contra as forças imperiais. Eles formaram dois grupos: Joshigun (que lutam ao lado dos homens fora da fortaleza) e Johei (detenção de uma posição defensiva em Aizuwakamatsu Castelo, também conhecido sob o nome de Castelo Tsuruga). As primeiras são controladas por Nakano Takeko (1847-1868), filha de um funcionário que tenha beneficiado de um ensino completo das artes marciais. Apesar de um homem corajoso para o homem, os combatentes são obrigados a se refugiar na fortaleza.
A ajuda do corpo de mulheres, permitiu que os militares resistissem por mais de 30 dias (outubro-novembro de 1868) antes de ir para o inimigo. Nakano Takeko, foi alvejada por uma bala no peito; como exigido pela honra, ela pediu que sua irmã cortasse sua garganta. Duas outras mulheres que se distinguiram durante esta batalha famosa, sobreviveu. Estas são Yaeko Yamamoto (1845-1932) e Yamakawa Futaba (1844-1909).
A vitória das tropas imperiais levaram o xogunato Tokugawa para a Restauração Meiji e à abolição da ordem dos samurais. Em 1869, o Imperador Mutsuhito (1852-1912) mudou-se para Edo, que foi rebatizada de Tóquio, isto é, "capital do leste". Em 1910, as artes marciais tornaram-se parte integrante do currículo e, neste domínio, as mulheres não são as últimas a brilhar. Para citar exemplo, a Toda-ha Buko-Ryu escola (fundada no início do período Edo) é dirigido exclusivamente por mulheres desde o século 19.
Essas guerreiras são alguns dos exemplos de mulheres lutadoras que enriqueceram as histórias e lendas japonesas , capturando nossas imaginações. Há muitos mais a ser descoberto, cada guerreiro e guerreira exaltou a própria perspicácia durante as guerras. Embora os homens fossem principalmente retratados como heróis na história do Japão, muitas mulheres seguiram o caminho da espada, para defesa, para o poder e para a glória. As histórias delas estão conosco em epopéias, lendas e livros de história......
Referências:
http://historizo.cafeduweb.com/
http://www.woa.tv/articles/hi_samurai.html
http://asianhistory.about.com/od/imagegalleries/ss/samuraiwomen.htm
http://www.suite101.com/content/samurai-women-warriors-a45344
http://www.koryu.com/library/wwj1.html#History
Oss !
Cristiano Gomes
Faixa-preta 1º Dan, estilo Shotokan
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Imagens da ITKF Masters Course
Pela primeira vez na América Latina ocorreu o Curso Técnico e de Arbitragem Internacional (ITKF Masters Course). As palestras aconteceram entre 08 a 12 de setembro e foram ministradas pelos senseis Hiroshi Shirai (9º Dan), Rick Jorgensen (7º Dan).
Este evento antecede o Campeonato Mundial de Karatê Tradicional que acontecerá em novembro, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, que também sediará o Mundial. O curso visou à capacitação de juízes e técnicos internacionais.
O sensei Rui Albuquerque esteve presente durante este evento da ITKF, vejam as fotos:
Este evento antecede o Campeonato Mundial de Karatê Tradicional que acontecerá em novembro, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, que também sediará o Mundial. O curso visou à capacitação de juízes e técnicos internacionais.
O sensei Rui Albuquerque esteve presente durante este evento da ITKF, vejam as fotos:
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Samurais
Um antigo ditado diz: " Assim como a flor da cerejeira é a flor por excelência, da mesma forma o samurai é, entre os homens, o homem por excelência ". A excelência do samurai não se limitava à sua capacidade e desempenho como homem de guerra - eles tinham como premissa serem mestres em artes marciais. Mais do que exímios combatentes, ficaram conhecidos pelo alto grau de disciplina e ética que constituia seu código de conduta, o Bushidô. O Bushidô foi o mais alto grau de exigência ética estabelecido para uma classe guerreira em toda a história.
Um samurai deveria ser corajoso, não ter medo da morte e até procurá-la, se fosse o caso. Sua rotina, seu cuidado com o corpo e alimentação, sua etiqueta de comportamento social, que incluía muito trabalho e pouco divertimento - tudo era voltado para que ele fosse o melhor guerreiro. Se numa classe guerreira qualquer há preocupação com o treinamento militar, imagine para os samurais! Através das artes marciais, era fortalecida tanto a sua técnica quanto o seu espírito. Mais do que acertar um alvo com sua flecha, cortar algo com sua espada ou bater até matar, um samurai sempre visava refinar seu espírito, com a autodisciplina e o autocontrole, para assim estar sempre preparado para as situações mais adversas possíveis.
Tal preocupação com o espírito que ajudou a arte samurai a se salvar de sua extinção na Restauração Meiji (época em que os samurais viraram burocratas a serviço do governo). O Kobudo, como são conhecidos os estilos de combate criados pelos samurais ainda é praticado até nossos dias. A maioria destas artes tiveram versões modernizadas (Gendai Budo) no século XX, como o Kendo, Iaido, Jodo, Judo e Karatê por exemplo. Tanto o Kobudo como o Gendai Budo são praticados hoje em dia, muitas vezes se complementando.
Os Samurais eram a elite militar do Japão feudal que ocuparam o mais alto status social por quase 8 séculos, soldados comuns de infantaria e marinheiros não eram samurais. Originalmente o termo significava "aqueles que servem em estreita assistência à nobreza" utilizado para identificar os servidores públicos civis (burocratas). Com o tempo, os poderosos clãs de samurais se converteram eles mesmos na nobreza e começaram a adotar os costumes aristocráticos como a caligrafia, a poesia e a música. Então o Imperador se tornou uma figura decorativa, o poder real se encontrava agora nas mãos dos Shoguns (general) e seus poderosos samurais.
Os samurais não pagavam impostos e tinham o direito de executar qualquer plebeu que lhes faltasse com o respeito. Eram os únicos que podiam portar espadas. Como os aristocrátas de fato durante séculos, os samurais desenvolveram sua própria cultura que influenciou a cultura japonesa em conjunto. Em geral, os samurais tinham uma taxa muito alta de alfabetização, bem acima dos padrões ocidentais para a época. Um samurai que não pertencia a um clã e não tinha um daymio (senhor feudal) a quem servir era chamado de ronin e estava destinado a vagar pelo país a procura de trabalho.
Os guerreiros (bushi) samurais se intitulavam os seguidores do "Caminho do Guerreiro" ou Bushido. Consideravam que o caminho do guerreiro era uma honra, ressaltando o dever a um daymio e a lealdade até a morte. O bushido fornecia os valores que regiam a vida do samurai, especialmente a honra e a coragem, pelos quais um samurai era capaz de morrer ou matar. Morrer em uma batalha ou duelo significava honrar o nome da família e de seus ancestrais, mas falhar em defender seu daymio ou ser considerado desonrado por seu clã era motivo para cometer o Seppuku ou Harakiri, suicídio ritual que tinha por finalidade recuperar a honra perdida. O ritual era rigidamente ordenado, o samurai devia tomar um banho para se purificar, escrever um último poema e sentar-se em um acento especialmente preparado para que não caísse ao morrer. Então ele devia fazer um profundo corte em todo o abdômen, puxando para cima no final. A morte era lenta e dolorosa, mas era preferível morrer com honra a viver sem ela. Se o samurai fosse merecedor ele poderia ter o auxílio de outro samurai ao final do ritual que cortaria a sua cabeça para acabar com o seu sofrimento.
O Zen Budismo foi difundido entre os samurais no século 13 e ajudou a moldar as suas normas de conduta, sobretudo superar o medo da morte. As filosofias do Budismo e do Zen, e, em menor medida o Confucionismo e Xintoísmo, influenciaram a cultura samurai. A meditação Zen se tornou um importante ensinamento como um processo para acalmar a mente. O conceito budista da reencarnação e renascimento levou os samurais a abandonar a tortura e matança desnecessárias, alguns samurais chegaram mesmo a desistir da violência e se tornaram monges budistas
As Mulheres
A manutenção do agregado familiar era o principal dever das mulheres dos samurais. Isto era especialmente crucial no início do Japão feudal, quando os maridos guerreiros viajavam frequentemente ao estrangeiro ou se envolviam em batalhas entre os clãs. A esposa, ou okusan (aquela que permanece em casa), era deixada para gerir todos os assuntos domésticos e financeiros, cuidar das crianças, e até mesmo defender a casa. Por este motivo, muitas mulheres da classe samurai foram treinadas no manejo de uma arma chamada naginata ou uma faca especial chamada kaiken que poderiam utilizar para proteger seu agregado familiar e sua honra se necessário.
As Armas
No século 14 um ferreiro chamado Masamune desenvolveu uma técnica de fabricação de estruturas duras e flexíveis de aço para ser usada em espadas. Surgia a poderosa katana, a espada samurai, considerada até hoje uma das melhores espadas do mundo. O samurai utilizava diversas armas, mas a katana era a arma que era sinônimo de samurai. Após o nascimento o filho de um samurai recebia sua primeira espada. Esta espada, porém, era apenas simbólica, coberta de brocado a qual era anexada uma bolsa ou carteira, usada por crianças com menos de cinco anos. Após atingir a idade de treze anos o menino recebia a primeira espada e armadura verdadeiras e um nome adulto, tornando-se um samurai.
Além da esgrima (kendo), o samurai também devia dominar as artes do arco-e-flecha (kyudo), a luta corporal desarmada e o manejo da lança. Na luta corporal desarmada os samurais criaram um sistema de luta baseado em alavancas, utilizando pouco esforço para chaves e estrangulamentos, que não enfatizava chutes nem socos porque, durante as batalhas, esses guerreiros japoneses usavam poderosas armaduras, contra as quais chutes e socos eram muito pouco efetivos. Utilizavam golpes de articulação, como torções de braço, tornozelo e estrangulamentos, para imobilizar o oponente. Este sistema deu origem a modernas artes marciais como o Judô, o Jiu-jitsu e o Aikidô.
As batalhas
Em duelos ou nos campos de batalha havia um extenso ritual a ser cumprido antes de lutar. Na batalha, um samurai galopava até o inimigo para anunciar sua ascendência, uma lista de feitos pessoais, bem como as façanhas de seu clã. O mesmo acontecia nos duelos, os samurais se apresentavam, reverenciavam seus antepassados e enumeravam seus feitos. Somente após estes rituais eles entravam em combate. Não eram comuns ataques de surpresa ou sorrateiros, pelas costas, pois os samurais consideravam estas táticas desonrosas. Por isso, quando um governante necessitava de serviços onde fosse necessário utilizar de sutileza e furtividade era necessário chamar um Ninja, um gerreiro quase tão poderoso quanto um samurai, mas que não estava atrelado ao rígido código de honra do bushido.
Os samurais e os ninjas estavam em extremos opostos (o que não impediu que alguns samurais se tornassem ninjas secretamente), pois os samurais eram oriundos de famílias nobres e tradicionais e ligados aos senhores feudais aos quais deviam obediência, enquanto os ninjas eram pessoas comuns, a maioria camponeses, e deviam obediência apenas aos seus clãs. Assim como os samurais, os ninjas também pertenciam a um grupo familiar, eram treinados deste a infância nas artes militares e também obedeciam a um código de honra, porém bem mais flexível que o dos samurais.
Em tempo de paz, o samurai se dedicava a religião, a família e as artes, bem como ao estudo e a prática da caligrafia.
Oss !
Fonte:
Revista História Viva
Hagakure - O livro do samurai
Go Rin No Sho - Miyamoto Musashi