domingo, 13 de novembro de 2011

Matéria com o sensei Aser Fernandes

Faixa preta vê Karatê como arte para aperfeiçoamento de vidas.

Ex-campeão brasileiro diz que a arte marcial que aprendeu não ensina violência; ensina o karateca a ser persistente e lutar contra suas fraquezas e debilidades.

O Karatê, uma arte na qual as pessoas aprendem a utilizar as mãos ou outros membros do corpo, principalmente pés e joelhos, contra a violência, é visto por Aser Fernandes Melo, ex-campeão brasileiro dessa arte marcial, como um instrumento de aperfeiçoamento e lapidação do ser humano na caminhada para se tornar uma pessoa melhor. Para ele, o maior adversário que o carateca vai enfrentar é ele mesmo – e não os bandidos ou outras pessoas que cometem violência.
“A arte marcial que aprendi não ensina a violência; ensina a sermos persistentes, a lutar sempre contra as nossas fraquezas, nossas debilidades, nossa humanidade; ensina exatamente a respeitar o outro e usar aquilo como uma percepção de vida, quando muito, uma defesa”, explica o carateca.
Aser Fernandes estuda e pratica artes marciais desde os 15 anos. É faixa preta em caratê-dô. Além de campeão brasileiro, acumulou muitas medalhas de campeão baiano e nordestino. Fundou três academias em Salvador, onde reside. Hoje, aos 56 anos, sua principal atividade é o ministério pastoral, que exerce há 21 anos paralelamente com o karatê.
“Tive uma experiência muito forte com um mestre japonês que veio ao Brasil trabalhar na Transamazônica como engenheiro e, a convite de Denilson Caribe, pai das artes marciais na Bahia, terminou indo trabalhar como instrutor em Salvador. Fui seu discípulo por quase 10 anos. Como faixa preta conquistei o título de campeão brasileiro e por diversas vezes fui campeão baiano e nordestino”, conta o carateca.
Quando assumiu o ministério pastoral, uma missão que deve ser exercida por homens cheios de amor ao próximo e escolhidos por Deus para formar uma comunidade comprometida com o Seu Reino, ele confessa que não foi fácil, pelo menos no início.
“Vivi algumas crises! Na minha cabeça não conseguia ser faixa preta, como professor, e ao mesmo tempo ter vocação pastoral. Mas depois aprendi o caminho. Na realidade, todo mestre de artes marciais no fim descobre que este é um instrumento de luta, principalmente com ele, porque o maior inimigo da gente somos nós mesmos”, explica o pastor.
Há cinco anos sem dar aulas, o pastor Aser Fernandes, que veio a Maceió fazer conferências no 2º Congresso da Família da Igreja Batista Betel, em Jaraguá, disse que está voltando a exercer a profissão de treinador para ensinar aos seus dois filhos e a outras crianças, adolescentes e jovens, a arte marcial que aprendeu. Para ele, um aprendizado que representa a manifestação de Deus em sua vida.
Convidado pelo pastor Társis Wallace como conferencistas do Congresso da Família em Betel, que teve início na sexta-feira à noite com um culto de vigília e termina este domingo com dois cultos, às 9 horas e às 18 horas, o pastor Aser Fernandes está compartilhando aquilo que o Senhor tem feito em sua vida, no ministério que exerce na Comunidade Igreja nas Casas, que ele fundou em Salvador.


Fonte: http://174.120.93.242/noticia/2011/11/13/faixa-preta-ve-carate-como-arte-para-aperfeicoamento-de-vidas

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